Não fosse alguns acontecimentos tristes como o atropelamento de dois brigadianos, na ERS 401, em Charqueadas- RS, com a morte do sargento, Ênio Eduardo da Silva Paim, de 44 anos, que fazia segurança dos manifestantes, o dia da greve geral passaria sem acontecimentos mais fortes. As pessoas optaram por ficar em casa e somente engajados no movimento trabalhista participaram das manifestações.
Poucos foram os confrontos registrados no país entre policiais e manifestantes, mas algo chamou a atenção. As ações nas ruas não contaram com o apoio daquelas milhares de pessoas que a pouco tempo atrás protestavam. Isso por que houve dois fatos que diferenciaram as mobilizações: 1) na greve geral, sem dúvida, acontece participação de partidos políticos. 2) O medo da violência.
Algumas ações do governo também acalmaram o povo. O que não quer dizer que o movimento terminou. A engambelação pode custar caro aos políticos, que sabem do perigo e agem de forma a não deixar os ânimos acirrados.
Pena que o registro da morte de trabalhadores, manchou a data. Aconteceram outros atropelamentos e pessoas reclamavam muito da falta de ônibus, trens, táxis... mostrando que ainda falta consciência de luta. Ficando em casa a população mostrou descontentamento sem violência.
Um dia sem exploração, sem que alguns ricos ficassem mais ricos sem dividir, e o país ganhasse divisas sem distribuir as riquezas.
Claro, há o lado ruim, pessoas que desejavam ir a um hospital e foram atrapalhadas, trabalhadores que foram pressionados a comparecer de qualquer forma. Mas, a luta tem sacrifícios. Eles serviram para que nossos filhos e netos não sejam tão explorados e sacrificados, quanto fomos até agora.
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